TDAH em crianças: sintomas, diagnóstico e abordagens terapêuticas eficazes

O Transtorno do Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição do neurodesenvolvimento que impacta diretamente a rotina, o aprendizado e o comportamento das crianças. Apesar de ser amplamente conhecido, ainda é cercado por dúvidas e diagnósticos tardios, o que pode dificultar o desenvolvimento saudável. Na Clínica do Bosque, acreditamos na importância de identificar os sinais desde cedo e oferecer uma abordagem terapêutica que respeite o tempo e as particularidades de cada criança. Sintomas mais comuns do TDAH Os sintomas do TDAH geralmente se dividem em dois grandes grupos: desatenção e hiperatividade/impulsividade. Sinais de desatenção: Sinais de hiperatividade e impulsividade: Vale lembrar que o diagnóstico deve ser feito por um profissional capacitado, considerando a frequência, intensidade e impacto desses comportamentos no dia a dia da criança. Diagnóstico: observação, escuta e vínculo O diagnóstico do TDAH é clínico. Isso significa que não existe um exame laboratorial ou de imagem que confirme o transtorno. Ele se baseia em entrevistas com os pais, professores e com a própria criança, quando possível. Na Clínica do Bosque, utilizamos instrumentos validados, escuta ativa e observação lúdica, respeitando o universo da criança e garantindo um ambiente seguro e acolhedor para que ela possa se expressar. Abordagens terapêuticas eficazes Não existe um único caminho para tratar o TDAH. Cada criança é única e precisa de uma combinação personalizada de estratégias. Nossa atuação integrativa permite unir diferentes abordagens, entre elas: O papel da família O envolvimento da família é essencial. Entender o TDAH como uma condição e não como um “defeito de comportamento” muda a forma como a criança é acolhida em casa. Estabelecer rotinas, reforçar positivamente os avanços e manter uma comunicação aberta com a escola são atitudes que fazem a diferença. Na Clínica do Bosque, trabalhamos lado a lado com as famílias, oferecendo suporte, orientação e acompanhamento constante. Cuidar de uma criança com TDAH é um convite a olhar além dos sintomas e enxergar as potências que existem ali. Com o diagnóstico certo, uma equipe capacitada e muito afeto, é possível construir caminhos mais leves, saudáveis e felizes para o desenvolvimento da criança.

Como identificar sinais precoces de autismo: o que todo cuidador deve observar

O diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma das chaves para oferecer à criança um desenvolvimento mais pleno, com intervenções eficazes desde os primeiros anos de vida. Mas o que muita gente ainda não sabe é que os sinais podem surgir bem antes dos 3 anos de idade — e quanto antes forem percebidos, maiores são as chances de promover avanços significativos. Neste artigo, quero compartilhar de forma simples e prática alguns dos sinais de autismo que podem aparecer ainda nos primeiros meses de vida e que merecem atenção de pais, cuidadores e profissionais da saúde. Sinais precoces de autismo em bebês e crianças pequenas Cada criança é única, e o desenvolvimento pode variar bastante. No entanto, alguns comportamentos, quando persistentes ou combinados, podem indicar a necessidade de uma avaliação mais detalhada. Veja os sinais mais comuns: 1. Ausência ou redução de contato visual Bebês que evitam olhar nos olhos, não acompanham o rosto da mãe ou parecem “olhar através das pessoas” podem estar demonstrando dificuldades na interação social. 2. Pouca ou nenhuma resposta ao nome Mesmo com audição preservada, a criança pode não reagir quando chamada ou parecer indiferente a vozes próximas. 3. Atrasos na fala ou na comunicação não verbal A ausência de balbucios, gestos como apontar, ou dificuldades em demonstrar necessidades básicas são indícios importantes. 4. Interesse restrito ou repetitivo por objetos Fixar-se por longos períodos em partes de brinquedos (como rodinhas), organizar itens de forma repetitiva ou apresentar apego intenso a um único objeto. 5. Comportamentos repetitivos Movimentos como balançar o corpo, bater as mãos ou girar em círculos com frequência e sem função clara podem ser observados. 6. Dificuldade em imitar ou brincar de faz de conta Brincadeiras simbólicas (“dar comidinha”, simular situações do cotidiano) costumam surgir até os 2 anos. A ausência delas pode ser um sinal importante. O que observar além dos sinais? Além dos comportamentos listados, é fundamental observar como a criança interage com o ambiente e com as pessoas. A ausência de curiosidade social, a dificuldade em compartilhar atenção (como apontar algo interessante para o outro) e a rigidez em rotinas também podem fazer parte do quadro. Não é necessário que todos os sinais estejam presentes para considerar uma investigação. Às vezes, um ou dois sinais isolados já merecem atenção profissional, especialmente quando há histórico familiar ou preocupação dos pais. A importância do diagnóstico precoce O diagnóstico do autismo não deve ser encarado como um rótulo, mas como um ponto de partida para a construção de um plano terapêutico adequado. Quando feito de forma precoce e cuidadosa, permite à família compreender melhor as necessidades da criança e iniciar intervenções que podem transformar sua trajetória. Quando procurar ajuda? Se você percebeu algum desses sinais ou está em dúvida sobre o desenvolvimento da criança, o melhor caminho é buscar uma avaliação profissional. A intervenção precoce faz diferença. E você não precisa enfrentar isso sozinha.